E aí, pessoal! Quem nunca torceu um tornozelo ou sentiu uma dorzinha após uma atividade física intensa? A primeira coisa que vem à mente é sempre o famoso gelo. Mas será que essa tradição toda está mesmo certa? Hoje, vamos mergulhar nesse assunto e entender o que as evidências mais recentes têm a dizer.
Você já ouviu falar da sigla RICE (Repouso, Gelo, Compressão, Elevação)? Ela já foi um verdadeiro mantra quando o assunto era cuidar de lesões recentes. Mas, meus amigos, as coisas estão mudando e a pesquisa trouxe novas perspectivas.
O gelo sempre foi aquele aliado na manga, não é mesmo? Mas será que ele é tão herói assim ou apenas um coadjuvante? Vamos dar uma olhada.
Em 1978, o Dr. Gabe Mirkin criou o termo RICE, que foi um marco na gestão de lesões agudas. A ideia era reduzir a inflamação e acelerar a recuperação. Até aí, tudo certo. Mas o tempo passou e novas pesquisas surgiram, trazendo mais clareza sobre o assunto.
Vocês já ouviram falar do termo POLICE? Ele é um “update” do RICE, incluindo o termo “Carga ótima” como um ingrediente importante para a recuperação. Parece que nosso corpo responde bem a uma carga leve logo no início do processo de recuperação. Quem diria, hein?
Agora, vamos ao gelo. Ele até pode dar aquele alívio momentâneo, mas sabiam que ele não tem um impacto significativo nos músculos por baixo da pele? Ou seja, ele dá aquela “congeladinha” na pele, mas lá dentro, nos músculos, a temperatura permanece quase a mesma.
E mais, o gelo pode na verdade atrapalhar nosso corpo. Sabe quando a gente se machuca e nosso corpo manda os soldados (células inflamatórias) para ajudar na recuperação? Pois é, o gelo pode atrapalhar essa missão e atrasar a recuperação.
Até o próprio Dr. Mirkin, lá em 2014, disse que a aplicação de gelo e o repouso total podem atrapalhar a recuperação em vez de ajudar. Ele notou que o gelo pode até aliviar a dor momentaneamente, mas pode também prejudicar o processo natural de inflamação necessário para a recuperação.
Pois é, meus amigos, a coisa está mudando. Hoje em dia, a abordagem mais atual para cuidar de lesões é representada pela sigla PEACE & LOVE (Proteção, Elevação, Evitar Medicações Anti-inflamatórias, Compressão, Educação & Carga, Otimismo, Vascularização e Exercício). A ideia é focar na proteção da área, na manutenção da mobilidade e na promoção da regeneração celular.
Mas, calma, nem tudo é tão preto e branco. Em alguns casos, o gelo ainda pode ser uma boa pedida, principalmente quando temos um inchaço exagerado, como em entorses graves. Nessas situações, o gelo pode ajudar a reduzir o inchaço e dar um alívio.
Agora, a grande pergunta: O que fazer?
Bom, a dica é: não saia por aí congelando tudo! Ao invés disso, pense em manter a mobilidade, a atividade controlada e proteger a área afetada. E se você levar um tombo ou sofrer uma lesão, aconselho conversar com um profissional de saúde especializado em lesões esportivas e reabilitação antes de correr para o gelo.
Lembre-se de que cada lesão é única, então não existe uma abordagem única. Em vez de confiar só no gelo, entenda os processos de recuperação e busque práticas baseadas em evidências para uma recuperação mais eficaz.
Então, fica a dica, pessoal! A próxima vez que pensar em aplicar gelo, lembre-se de que as coisas mudaram. A ciência nos mostra que talvez ele não seja o “salvador” que pensávamos. A exceção fica para aqueles casos em que o inchaço excessivo é o grande vilão.
Agora é com vocês! Se cuidem e busquem sempre informação atualizada para uma recuperação mais eficaz e tranquila. Seu corpo agradece! 
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