Pessoas que convivem com dor persistente frequentemente relatam como ela afeta as atividades do dia a dia. Por isso incluir um gerenciamento da atividade pode ser fundamental.
O que é o gerenciamento da atividade? O “gerenciamento da atividade” é outra forma de realizar uma atividade. O gerenciamento da atividade, em sua forma mais simples, consiste em realizar uma atividade em “pedaços” mais curtos e fazer algo diferente ou até mesmo parar antes que a dor se intensifique. Um “aumento da dor” é um aumento na sensação de dor que impede você de realizar qualquer atividade planejada. Esse aumento pode durar horas ou até mesmo dias.
As pessoas podem lidar com isso de várias maneiras diferentes. Por exemplo, algumas pessoas podem entrar em um ciclo de “altos e baixos”, onde uma pessoa pode ficar “hiperativa” em um dia melhor (“alto”), apenas para enfrentar um retrocesso nas horas ou dias seguintes (“baixo”). Com o tempo, algumas pessoas perceberão que estão se tornando menos ativas e talvez precisem de mais tempo para se recuperar desses episódios.
Existem muitas razões pelas quais as pessoas fazem isso. Por exemplo, o hábito, a necessidade de concluir o trabalho, o desejo de não “ceder” ou talvez devido às expectativas estabelecidas por outras pessoas e por elas mesmas.
Como fazer? Pode envolver dividir a atividade (como tarefas domésticas ou jardinagem) em partes menores. Também pode envolver priorizar e planejar suas atividades. Por exemplo, escreva uma lista do que precisa ser feito com base na importância, no senso de realização e no prazer que cada atividade proporciona. Crie uma lista com categorias como “Obrigatório”, “Deveria” e “Poderia”. Lembre-se também de reservar tempo para descanso e relaxamento.
O gerenciamento da atividade também pode ser uma ferramenta útil para aumentar gradualmente sua tolerância para realizar mais atividades e/ou exercícios. Para começar, é necessário determinar sua linha de base.
Como encontrar sua linha de base? A linha de base é a quantidade de atividade que pode ser feita sem intensificar a dor. Pense nas atividades que pioram seus sintomas (como ficar em pé, caminhar, exercitar-se, etc.) e considere por quanto tempo você consegue realizar cada atividade sem aumentar a dor. Encontrar uma linha de base pode ser difícil, pois a dor nem sempre é previsível e pode variar de um dia para o outro. Portanto, para determinar sua linha de base, você pode cronometrar-se em um dia bom e em um dia ruim. Por exemplo, se alguém quiser estabelecer sua linha de base ao sentar, pode descobrir que consegue sentar por uma hora em um dia bom e apenas 10 minutos em um dia ruim antes de sentir um aumento da dor.
Portanto, nesse exemplo, uma possível linha de base inicial pode ser de 10 minutos.
Para começar o gerenciamento, essa pessoa deve sentar-se por 10 minutos antes de mudar de posição ou até mesmo levantar-se da cadeira, independentemente de estar tendo um dia bom ou ruim. O que fazer após os 10 minutos e por quanto tempo pode exigir um pouco de tentativa e erro.
Aumentar o ritmo:
É claro que haverá momentos em que as atividades valerão o aumento da dor que ocorre depois. Nesses casos, planejar um dia de descanso após o evento pode ser uma boa ideia. O gerenciamento da atividade oferece outra opção para permitir que você trabalhe em direção às coisas que são importantes para você.
Assim que estabelecer sua linha de base, ao longo do tempo você pode começar a aumentá-la gradualmente. Uma regra prática útil é aumentar em 10-20%. Portanto, no exemplo acima, o próximo passo poderia ser aumentar o tempo sentado para 12 minutos. Nesses casos, planejar um dia de descanso após o evento pode ser uma boa ideia.
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